SONHO É PARA CONTAR ....

Olá amigos que visitam o nosso Blog.

Sonhos...

Ontem mesmo sonhei que estava recebendo a notícia de um médico, em seu consultório, que estava com um problema de saúde e que as coisas não iam bem...
Uma agônia percorreu o meu corpo e pensamento só de saber disso, ainda tendo tanto pela frente em estudar, educar os meus filhos e conhecer o mundo lá fora...
Lembro do sonho que fui para casa com medo de abrir a porta e receber os "papai" que sempre recebo ao abrir a porta e me derramar em lágrimas, abraçando e eles assistindo e querendo me perguntar uma coisa que com certeza naquele momento iria desviar o assunto...
Para minha surpresa estavam já dormindo aquele soninho que só quem tem filho sabe; aquela paz e silêncio que dá vontade de ouvir sempre que quer vê-los descansando depois de correr a escola inteirinha, de cima à baixo, brincando com os coleguinhas de sala de aula...
Larguei a mochila e ajoelhei ao lado do mais novo olhando seu rostinho, passava a mão, sem tocar, na sua bochecha rosada pensando o quanto ainda vai precisar de mim, da minha ajuda para levantar depois de um tombo que ralou o seu joelho ou depois de levar um "fora" de sua primeira namoradinha; do meu conselho depois de perder a primeira final de campeonato ou primeira nota baixa na escola; do meu amor incondicional mesmo que me tenha xingado por impulso por não deixa-lo sair esta ou aquela noite; das minhas broncas por pular na cama ou jogar video game fora de hora; sentir falta das lições de casa que fazemos juntos ou o pão na chapa que faço para eles toda manhã...
Do outro lado do quarto, o mais velho também dormindo, mais parecia rindo, sonhando gostoso...
E naquele momento me dei conta que quando tiver o primeiro pesadelo posso estar longe; quando correr para comemorar um gol importante virá abraçar quem no alambrado?; Quando comprar aquele joguinho de video game para dois jogarem, quem vai ser o seu companheirinho?; Quando corrermos no parque , correr para que lado para procurar aquele que não estra vendo?...
Me veio os pensamentos na mente que quando "fiz" estas duas alminhas era para eu acompanha-los até encaminha-los na vida, sem medos ou receios ...

Então acordei, angustiado ainda, porém com os dois me cobrindo de abraços e cócegas, amando demais... Por isso ainda quero viver muito...

Como, normalmente, sonhos que contamos não acontecem, aqui vai o meu depoimento a todos vocês...

Abraço Cordial...

Spencer Menice

Amizade é para sempre.

Aos seguidores do Blog dos Espíritas, alguns esclarecimentos, sobre o surgimento do blog:

Eu Daniela Sena e o Spencer (médium do Seu Elias), nos conhecemos em 1995, quando ele cursava o colegial e era o melhor amigo daquele que na epoca, e por muitos anos depois, foi meu namorado.

Nós tivemos muita afinidade desde que nos conhecemos em virtude da doutrina espírita, e da amizade que se formou entre nossas famílias. E, tenho certeza que nutrimos o mesmo amor fraterno entre nós e por nossos familiares.

Em 1997, depois de terminar meu relacionamento com o Fábio, o Spencer, como sempre meu melhor amigo, me ajudou a segurar a barra e nós fizemos um juramento de que nunca íamos deixar de sermos amigos. E foi assim que aconteceu.

Desde então, muita coisa aconteceu, entramos na faculdade, saímos dela, nos apaixonamos pelos amores das nossas vidas, nos casamos e tivemos filhos lindos!!!!

Graças ao amor fraterno que nutrimos um pelo outro, torcemos ainda que afastados e em silêncio pela vitória do outro.

A Luciana deve se lembrar de quando o Victor nasceu e ficou internado, de quantas mil mensagens eu deixei no celular dela e do Spencer, de quantas ligações a Bé recebeu... E, quando ela tava grávida do Gabriel então?!?!? Ele me mandou um e-mail radiante contando que seria pai de novo. Mandou um do susto que levaram também, quando acharam que ela poderia perder o bebê. Mas eu sempre estive ali orando por eles como se meus irmãos e meus filhos fossem...

Daí foi a minha vez... Casei e sofri por não conseguir ter filhos, e o Spencer orou muito por mim... E Deus me abençoou e me enviou o Felipe que é a coisa mais linda do mundo!!!! Só Deus sabe como foi importante para mim e para o Maurício, o apoio, a dedicação e cada uma das orações que o Spencer fez por nosso filho quando ele esteve internado, logo que nasceu... Foi barra, mas é pra isso que servem os irmãos.

É verdade que a gente ainda está esperando a visita dele e da Luciana pra ver nosso pimpolho, mas... só tem 5 meses, a gente perdoa... rsrsrs...

Na verdade, essa postagem é para provar que existe sim amizade sincera, sem nenhum interesse, entre um homem e uma mulher... E, principalmente, para dizer o quanto amamos vocês Spencer, Luciana, Victor e Gabriel, e o quanto desejamos que o amor de vocês cresça e que sejam muito felizes.

Obrigado por mesmo de longe estarem perto de nós nos melhores e nos piores momentos de nossas vidas.

Maurício, Felipe e Daniela

À (o) minha (meu) irmã (o) que deixa comentários anônimos no Blog

Jesus Cristo deixou-nos uma importante lição que foi não interferir no livre arbítrio alheio. As pessoas têm direito à liberdade de crença e expressão.
Realmente o Evangelho, é o melhor caminho para se chegar a Deus. E isso é o que preconiza a Doutrina Espírita.
Meu irmão ou irmã, você tem liberdade e direito de dizer o que pensa, e não precisa temer assinar seu nome, pois respeitamos a opinião alheia.
Só não entendemos porque lhe causamos tanto ódio, fazendo trabalhos de amor e caridade em nome de Cristo. Jesus não julgou, porque nos julga?
Aproveite seu tempo livre para ajudar as pessoas, fazer o bem a caridade e Deus lhe recompensará muito mais por isso.
Nada é pior do que destilar ódio contra seu semelhante, e fazê-lo em nome de Deus que é só bondade e amor.
No devido tempo, Deus abrirá nossos olhos para enxergarmos a beleza de estar diante de sua presença.
E agradecemos a Ele do fundo do nosso coração, a piedade que tem de nós por nos enviar seus mensageiros de amor, para nos guiar no caminho do bem e da caridade.
Nós te amamos de coração, seja você quem for e só lhe desejamos o bem.
Que Deus o (a)abençoe meu (minha) irmão (irmã) e ilumine todos os dias o caminho de sua vida.
Nós acreditamos que há um motivo para você ter cruzado nosso caminho e que nosso irmão maravilhoso Jesus Cristo, a guiou até nós, seja qual for o propósito da sua visita ao nosso blog.
Que a paz e o amor de Cristo possam estar presentes todos os dias de sua vida.
Assim seja.

Há demônios, no sentido que se dá a esta palavra?

"Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. Mas, porventura, Deus seria justo e bom se houvera criado seres destinados eternamente ao mal e a permanecerem eternamente desgraçados?
Se há demônios, eles se encontram no mundo inferior em que habitais e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo e que julgam agradá-lo por meio das abominações que praticam em seu nome."
A palavra demônio não implica a idéia de Espírito mau, senão na sua acepçãomoderna, porquanto o termo grego daïmon, donde ela derivou, significa gênio, inteligência e se aplica aos seres incorpóreos, bons ou maus, indistintamente.
Por demônios, segundo a acepção vulgar da palavra, se entendem seres essencialmente malfazejos. Como todas as coisas, eles teriam sido criados por Deus. Ora, Deus, que é soberanamente justo e bom, não pode ter criado seres prepostos, por sua natureza, ao mal e condenados por toda a eternidade. Se não fosse obra de Deus, existiriam, como Ele, desde toda a eternidade, ou então haveria muitas potências soberanas.
A primeira condição de toda doutrina é ser lógica. Ora, à dos demônios, no sentido absoluto, falta esta base essencial. Concebe-se que povos atrasados, os quais, por desconhecerem os atributos de Deus, admitem em suas crenças divindades maléficas, também admitam demônios; mas, é ilógico e contraditório que quem faz da bondade um dos atributos essenciais de Deus suponha haver Ele criado seres destinados ao mal e a praticá-lo perpetuamente, porque isso eqüivale a Lhe negar a bondade.
Os partidários dos demônios se apoiam nas palavras do Cristo. Não seremos nós quem conteste a autoridade de seus ensinos, que desejáramos ver mais no coração do que na boca dos homens; porém, estarão aqueles partidários certos do sentido que ele dava a esse vocábulo? Não é sabido que a forma alegórica constitui um dos caracteres distintivos da sua linguagem? Dever-se-átomar ao pé da letra tudo o que o Evangelho contém? Não precisamos de outra prova além da que nos fornece esta passagem: "Logo após esses dias de aflição, o Sol escurecerá e a Lua não mais dará sua luz, as estrelas cairão do céu e as potências do céu se abalarão. Em verdade vos digo que esta geração não passará, sem que todas estas coisas se tenham cumprido."
Não temos visto a Ciência contraditar a forma do texto bíblico, no tocante à Criação e ao movimento da Terra? Não se dará o mesmo com algumas figuras de que se serviu o Cristo, que tinha de falar de acordo com os tempos e os lugares? Não é possível que ele haja dito conscientemente uma falsidade. Assim, pois, se nas suas palavras há coisas que parecem chocar a razão, é que não as compreendemos bem, ou as interpretamos mal.

Os homens fizeram com os demônios o que fizeram com os anjos. Como acreditaram na existência de seres perfeitos desde toda a eternidade, tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. Por demônios se devem entender os Espíritos impuros, que muitas vezes não valem mais do que as entidades designadas por esse nome, mas com a diferença de ser transitório o estado deles.
São Espíritos imperfeitos, que se rebelam contra as provas que lhes tocam e que, por isso, as sofrem mais longamente, porém que, a seu turno, chegarão a sair daquele estado, quando o quiserem.
Poder-se-ia, pois, aceitar o termo demônio com esta restrição. Como o entendem atualmente, dando-se-lhe um sentido exclusivo, ele induziria em erro, com o fazer crer na existência de seres especiais criados para o mal.
Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou osdefeitos humanos.
É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram coma figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os anjos, os puros Espíritos, por uma figura radiosa, de asas brancas, emblema da pureza; e Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões vis.
O vulgo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses emblemas individualidades reais, como vira outrora Saturno na alegoria do Tempo.
Fonte: Livro dos Espíritos – Allan Kardec – pág. 99 a 102.

Visita de Caridade

Caros irmãos, quero contar aqui um testemunho que ouvi em uma Igreja Evangélica, na época em que era freqüentadora, porque, é uma linda lição de amor.
Nessa Igreja tem um grupo de mulheres que se dividem em trabalhos de caridade, chamado Obra da Piedade, e, em um desses trabalhos, elas formaram um grupo de 6 mulheres que foram visitar um asilo.
Após conversarem com os idosos que residiam no asilo, uma das mulheres viu uma escada e perguntou para onde ela dava, ao que a enfermeira respondeu, informando-a de que era para a ala dos idosos que sofriam de demência, alzeimer e alguns surdos/mudos.
Essa mulher pediu para visitar essa ala e orar por todos os que ali estavam, e assim o fez. Ao final da oração, um dos idosos a chamou de seu leito, e a mulher seguiu até lá, sendo abençoada por ele já ao entrar no quarto.
Após conversarem e ela ler a bíblia para o idoso, ela se despediu e ele disse que era para ela ficar atenta, pois, Cristo a amava muito e enviaria a ela a ajuda necessária. Porém, ela deveria ter seu coração aberto para reconhecer a ajuda enviada por Jesus.
A mulher despediu-se, e saiu do asilo acompanhada das demais, sendo informada por elas, de que não havia lugar no carro para ela seguir junto com as amigas.
Sem murmurar a mesma dirigiu-se ao ponto de ônibus, e aproximou-se dela, uma senhora idosa, vestida em trapos que lhe pediu um pão. A mulher mesmo vendo seu ônibus chegando, atravessou a rua em companhia daquela senhora, e ao adentrar a padaria pediu um pão e um café-com-leite para dar á senhora de comer.
Assim que o balconista pôs o pão e o leite sobre o balcão, o ônibus que a mulher esperava bateu contra o ponto, matando todas as pessoas que estavam a sua espera, e machucando diversas pessoas que estavam dentro dele.
Com lágrimas nos olhos, a mulher voltou-se para a senhora e não a viu. Indagou ao balconista da padaria onde havia ido a mulher que foi com ela à padaria.
O balconista respondeu-lhe que ela tinha chegado sozinha à padaria, e a mulher entendeu que aquela visão, era a ajuda que o velhinho lhe tinha dito que Jesus mandaria.
Emocionada, a mulher ajoelhou-se ali mesmo, e proferiu preces de agradecimento pela ajuda recebida e pela saúde do idoso, que foi porta voz daquela mensagem de amor.
Ela voltou ao asilo para agradecer ao senhor e contar-lhe o que havia ocorrido, e soube pelas enfermeiras, que o mesmo era cego, surdo e mudo.
Meus irmãos, Deus utiliza-se de meios que muitas vezes desconhecemos, e questionamos para nos mandar a ajuda necessária quando temos o coração aberto a seu amor.
Amemo-nos, como Jesus nos amou, e assim encontraremos o caminho da vida e da felicidade eterna.
Assim seja.

Como tudo começou...

Foi desde muito cedo que o meu contato com o espiritismo começou, pelos materiais de estudo, foi aos quatorze anos, mas, para ficar mais verdadeiro ele começou a fazer parte da minha formação moral e espiritual muito antes.

Quando tinha por volta de cinco anos de idade, no apartamento onde eu morei a minha infância e adolescência inteira até me casar e ter minha família, sempre sentia algumas sensações que até hoje ainda não me acostumei direito. Por eu nunca conseguir dormir sozinho (pois sempre ouvia algumas vozes e via alguns espíritos), chamava a minha mãe para dormir comigo em minha cama e quase sempre ela vinha e precisava me acalmar, a tal ponto que chegava a dormir em uma posição e acordava na mesma, como relatou anos depois.

Após a morte do meu avô, em 1984, minha vida mudou completamente, pois comecei a vê-lo, dois meses após a sua morte, perto da praça onde moramos, ele começou a vir em minha direção, porém, desta vez não tive medo algum, como costumava acontecer, e me disse com voz calma:

"-Você esta vendo o vô ?!?" e fiz um sinal de positivo com a cabeça. E me disse que sempre que eu estivesse com medo chamasse por ele que o medo passaria. Deu certo.

Alguns anos se passaram e a minha percepção, visão e audição já estavam bem aguçados, quando aos quinze anos, indo para o treino de futebol no Clube Banespa, tive meu primeiro contato com um livro espírita. Próximo ao ponto de ônibus na qual eu ia para o Clube, havia uma Livraria pequena e me chamou a atenção, um livro que estava na prateleira da frente da loja e para minha sorte em promoção: " O Livro dos Espíritos".

Amor à primeira vista, ou melhor, à primeira lida, pois, depois deste dia, nunca mais fui o mesmo. Parecia que tudo o que eu estava lendo ali não me era estranho e, principalmente, era tudo o que eu acreditava sem saber que existia.

Lembro também que foi nesta época que conheci visualmente o meu Mentor Espiritual, Seu Elias, que me acompanha em todos os momentos, tanto nos difíceis, me auxiliando e me acalmando, quanto nos alegres, abrindo aquele sorriso indescritível. E nesta época também conheci o Centro Espírita Perseverança, graças ao meu irmão Neymar, provocando desde então uma avalanche de informações que minha alma até hoje absorve em um aprendizado constante.

Agradeço até hoje pessoas como meu pai e minha mãe, que me apoiam em tudo que faço.

Ao Seu Elias, por tudo o que faz por mim.

Pelo Administrador do Blog.

ANJO DA ESTRADA



Engraçado como as coisas da vida acontecem normalmente, de um jeito que, toda a nossa vida passa em nossa frente e só depois que paramos e com calma refletimos é que chegamos à conclusão de que nada acontece por acaso.
Este fato que aconteceu comigo em abril de 2000 carrego até hoje em minha mente como um dos mais marcantes e que me causam arrepios todas as vezes que me lembro.
Após passar um final de semana um tanto frustrante em uma casa de campo em Mairiporã, uma vez que pretendia namorar a dona da casa e não consegui nada com ela, resolvi que voltar para casa, em São Paulo, era a minha melhor opção.
Na época, eu tinha apenas dinheiro suficiente para poucas regalias, como uma mera saidinha à noite e, no mais, ficava sem reserva de dinheiro. Sendo assim, já na estrada de volta a Grande São Paulo, já passava das 22h30min quando no meio do caminho já não tinha a certeza se a gasolina que tinha no carro daria para chegar à minha casa.
Mesmo com medo, continuei guiando o carro confiante que daria para chegar, quando de repente vejo no lado direito da estrada uma criança de uns cinco anos sentada com a cabeça nos joelhos e uma bela marca de derrapagem com o seu fim em uma ladeira na estrada.
Fiquei com receio de parar pensando em um assalto no meio da estrada, porém alguma coisa me fez dar uma freada e voltar de ré uns cem metros, já que havia passado do local.
Sai do carro e o cheiro de pneu queimado dava a idéia de que um acidente devia ter ocorrido ali e logo o menino que estava sentado se levantou e agarrou a minha perna na hora e chorando muito conseguiu ainda dizer:
“Minha mãe está lá no carro... Chama ela pra mim... Cadê a mamãe?!?!”
Neste momento peguei a mão da criança que tremia e fui até a beira do local da queda do carro e percebi que as luzes do freio estavam ligadas, porém, estava há uns quinze metros para baixo da estrada. Perguntei o nome do menino que não parava de chorar chamando pela mãe, e me disse que se chamava Felipe e continuou a chorar assustado.
Assim, alguns carros começaram a responder ao meu aceno para parar e pedir ajuda e dois carros pararam depois de grande insistência dos meus acenos. Um senhor parou e me perguntou o que havia ocorrido e disse:
“A criança me chamou a atenção e parei quando vi o acidente comecei a pedir ajuda na estrada.”
O senhor olhou-me com olhar de quem não estava entendendo muita coisa, foi até a beira do penhasco e, vendo o carro, correu direto ao carro dele dizendo que iria chamar o Resgate pelo celular.
Até este ponto a criança ainda estava atravancada em minha perna chorando muito a ponto de molhar a minha calça com as suas lágrimas.
Em poucos minutos a Ambulância do Resgate já estava no local e foi direto para o local onde estava o carro acidentado e com curiosidade dei uma olhada no local, quando um moço que saiu da Ambulância e me disse:
“Pode deixar que agora eu cuido do menino.” E caminharam para Ambulância.
Tranqüilizei-me um pouco quando os vi entrando na Ambulância.
Assim, próximo ao local da queda pude ver o trabalho do pessoal do Resgate que se empenhava em retirar a pessoa que estava no carro, e poucos minutos depois sobe pelas mãos dos bombeiros na prancha médica, a mãe do menino que respirava, a meu ver, com dificuldade e toda machucada pelo acidente. Logo após a vinda da moça, veio outro bombeiro com uma criança nas mãos, toda inerte quando o bombeiro veio subindo dizendo:
“A criança não resistiu, está morta.”
Quando pude olhar o rosto da criança, fiquei tonto a ponto de quase perder o chão de tanto que minhas pernas tremiam: era a mesma criança que me chamou na estrada, que me agarrou as pernas chorando, e que fora atendido pelo bombeiro que o encaminhou para dentro da Ambulância. Mas, como isso????!!! Será que estava sonhando??!!!, - pensei - e fui ate a Ambulância que estava a alguns metros de distância e, olhando para dentro dela, claro, não havia mais ninguém.
Como a maioria dos que estavam no local comigo, começaram a ir embora, pensei também em ir, porém, não conseguia sair do lugar e só depois de uma meia hora e com o lugar já quase vazio, fora o guincho, que, com muito esforço tentava tirar o carro acidentado, é que tive coragem de entrar no carro e seguir viagem até em casa, mesmo com a imagem do menino ainda em minha mente.
Entrei no carro e para minha surpresa, quando dei a partida o meu tanque estava cheio, isto mesmo, estava cheio.
Mais calmo, mais ainda tenso, cheguei em casa com o corpo todo dolorido, me joguei no sofá e refletindo, cheguei à conclusão de que o espírito do menino me chamou para ajudá-lo a salvar a sua mãe, sendo que o bombeiro que veio buscá-lo comigo era um destes vários espíritos iluminados do Departamento Médico do Alto e, eles, por uma espécie de recompensa, me ajudaram com a gasolina.
A figura daquele anjinho que estava na estrada e me chamou ainda permanece muito presente em minha mente.